Ten Days in a Mad-House (1887), Nellie Bly
Não Ficção - Reportagem
Depois da recomendação no blogue Sweet Stuff acabei por mergulhar de cabeça nesta leitura. É uma leitura extremamente gráfica e inquietante por retratar, na primeira pessoa, a realidade crua das mulheres diagnosticadas (e perdoem-me, mas nalgumas situações, quase aleatoriamente) com doenças mentais no século XIX e seu incerto e desesperante destino nas instituições públicas de acolhimento e tratamento.
Nelly Bly (pseudónimo) foi uma jornalista norte-americana do século XIX, entre outras profissões e atividades, tendo ficado conhecida por fazer reportagens de investigação e, neste caso em particular, por ter fingido doença mental de forma a ser internada num asilo para tratamento de mulheres doentes mentais e poder retratar na primeira pessoa, as condições e tratamentos a que estas mulheres estavam sujeitas. Entre outras reportagens, Nelly Bly ficou também famosa por ter recriado a volta ao mundo de Julio Verne, neste caso, em 72 dias, viajando quase sempre sozinha.
Não pude deixar de recordar o filme Girl, Interrupted, baseado no livro com o mesmo título de Susanna Kaysen.
Uma pequena curiosidade, eu sabia que já tinha ouvido este nome algures e aqui está a razão.
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